HOMICÍDIO NO VALE DO ITAJAÍ - 09/03/2024 13:35

Delegado diz que menina de três anos em Santa Catarina "morreu de tanto apanhar"; mãe e padrasto estão presos

Dupla teria usado uma mala para transportar o corpo até uma mata, em Indaial
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Corpo de Isabelle foi colocado dentro de mala e levado até uma cova, feita na beira de rodovia federal que passa pela cidade. Arquivo Pessoal / Reprodução

A mãe e o padrasto que admitiram a morte de Isabelle de Freitas, três anos, em Indaial, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, estão presos desde quarta-feira (6). No mesmo dia a criança foi encontrada morta em uma mata na cidade, com marcas de violência física. O delegado Filipe Martins, responsável pelo caso, disse que a menina “morreu de tanto apanhar”.

Segundo a polícia, inicialmente os pais contaram que a ela teria sido sequestrada, porém, com o avançar das investigações, o delegado notou contradições na versão do casal.
— Eles chamaram um motorista de aplicativo e depois utilizaram esse veículo para criar um cenário de possível sequestro da criança — conta o delegado Martins.

Ao ouvir os relatos de vizinhos, foi descoberto que, na manhã em que a menina desapareceu, houve uma briga na casa da família. Na residência do casal, foram encontrados diversos vestígios de sangue. Após ser questionado novamente, o casal confessou o crime. 

Segundo a polícia, após agredirem a criança e perceberem que Isabelle estava sem vida, ambos concordaram em “se livrar” do corpo. Eles teriam usado uma mala para transportar o cadáver da menina, que foi enterrado nas proximidades da BR-470. A Polícia Civil achou a cova após o padrasto indicar o local onde a enterraram. 

Abalo emocional

O delegado Filipe contou a GZH que o caso mexeu com o seu emocional:

— Sou delegado há quase 10 anos e, por mais que tenha lidado com diversos crimes bárbaros, esse conseguiu me destruir enquanto ser humano. Tive que manter o profissionalismo para poder extrair o máximo de informações possíveis, mas é uma árdua missão não deixar o emocional sobrepor ao racional. É um crime cruel, cometido por quem deveria cuidar e proteger, mas que, por fim, caminhou em sentido oposto, agredindo a criança até a morte.

Desde que o corpo foi localizado, a Polícia Científica já realizou perícias no local do crime, exame necroscópico da vítima e no local onde estava enterrada. O propósito destes exames é descobrir a dinâmica dos fatos.

A Polícia Civil também conseguiu coletar imagens de câmeras de monitoramento que mostram o momento exato em que o casal se livra da mala utilizada para carregar o corpo da criança.

Os suspeitos foram encaminhados ao presídio e se encontram à disposição da Justiça.

Fonte: Gaúcha ZH
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